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Pesquisa Eleitoral: viralizou e você entendeu?

O ciclo eleitoral brasileiro ocorre a cada dois anos, alternando eleições municipais, estaduais e federais. Com as eleições, surgem as pesquisas eleitorais tentando prever os resultados, ajudando as pessoas a votarem e consolidando o sistema eleitoral.
Mas você realmente entende a ciência por trás desse assunto?

As redes sociais têm “viralizado” piadas em torno dos institutos de pesquisa de intenção de voto. A dificuldade de retratar a real opinião dos eleitores baseia-se, principalmente, na volatilidade de opiniões (hoje você pode preferir um candidato e semana que vem outro), mas, principalmente, na forma como a amostra é selecionada. Se você selecionar toda a sua amostra em um bairro elitizado ou toda ela em uma periferia, as conclusões poderão ser diferentes. A arte de selecionar uma boa amostra chama-se amostragem. O rigor com que essa amostragem é feita determina a confiabilidade da pesquisa.

Mas como é possível, no caso Presidencial, retratar a opinião de 155 MILHÕES DE ELEITORES (TSE - 2024) com apenas uma amostra de 2.000 eleitores?
Resposta objetiva: com a qualidade do método de seleção e dois indicadores de incerteza: margem de erro e nível de confiança.

Por que não selecionamos mais eleitores em uma pesquisa? Basicamente por dois motivos: tempo e custos.

Após a fase de amostragem, chegamos à etapa de cálculos. Nela, calcularemos a medida desejada, normalmente uma média, ou, no caso das eleições, uma proporção. Ocorre que quanto maior a variabilidade, maior será o erro de previsão.
A amostra depende muito da margem de erro, sendo que em eleições presidenciais é comum o uso de 2% e nas eleições municipais pode-se usar até 5%. Essa diferença ocorre principalmente em função do investimento feito na pesquisa.
Há ainda o índice de confiança, que é outra medida de incerteza das previsões, normalmente fixado em 95%. Agrava a situação, em última análise, o fato de qualquer variação percentual mudar o resultado da eleição. Portanto, nesse caso, precisão é fundamental.

Não se limitando ao caso em voga no momento, as aplicações da ciência de Amostragem são praticamente infinitas. Outros exemplos: a extração de uma gota de sangue para um exame de saúde, a qualidade dos dados de um sistema judicial, o índice de qualidade de um carro sendo fabricado, e a opinião das pessoas sobre serviços prestados pelo governo, entre tantos outros!

Concluo e atrevo-me: as aplicações da Amostragem são de ordem infinita; finito é o nosso conhecimento sobre essas possíveis aplicações.

© 2025 por Júlio Zibetti. Orgulhosamente criado com Wix.com

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